Fipo Biopellet

Nosso Caminho Verde

 

A história da Fipo Biopellet começou em 2011, com um projeto de Iniciação Científica (PIBIC) na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Desde então, ciência, floresta e propósito caminham juntos em nossa trajetória. Em 2017, durante a tese de doutorado “Viabilidade técnica e econômica da madeira plástica produzida com plástico reciclável e endocarpo de tucumã (Astrocaryum sp.)”, surgiram os primeiros compósitos formados por pó de caroço de tucumã e polipropileno — uma inovação que pavimentaria nosso futuro.

O reconhecimento científico veio em 2021 com a publicação do artigo “Wood-plastic composite based on recycled polypropylene and Amazonian Tucumã (Astrocaryum aculeatum) endocarp waste”, na respeitada revista internacional Fibers and Polymers. A pesquisa mostrou que o uso de fibras amazônicas poderia tornar as indústrias do Polo Industrial de Manaus mais sustentáveis, sem alterar seus processos produtivos.

Em 2019, nasceu a startup AGJTech, que enfrentou os desafios da pandemia de COVID-19, mas encontrou fôlego novo em 2022 ao apresentar o projeto “Desenvolvimento de peças de bike ecossustentáveis a partir de resíduos de fibras amazônicas e resíduos poliméricos” no edital prioritário N° 04/2023. O projeto foi selecionado e recebeu um investimento de R$ 1.330.345,23, gerido pelo IDESAM. Foi nesse contexto que surgiram os primeiros biopellets: grânulos de 3 a 5 mm compostos por fibras de caroços de tucumã e açaí, compatíveis com moldagens industriais sem necessidade de adaptações.

A eficiência dos biopellets foi comprovada por meio de produtos como o disco da roda de bicicleta (8g), calços A e B de garfo (11g e 22g), e o pedal (65g), mostrando que é possível unir desempenho técnico, sustentabilidade e inovação.

Paralelamente, avançamos na criação de um composto que integra resinas plásticas com fibras de 10 frutos amazônicos — açaí, guaraná, tucumã, murumuru, castanha-do-brasil, cupuaçu, buriti, bacaba, pupunha e taperebá. Essa tecnologia, que tem pedido de patente junto ao INPI, permite o uso com diferentes resinas como polipropileno, polietileno, poliestireno, ABS e PET.

Apesar das barreiras logísticas da região amazônica — como distâncias extremas, malha viária precária e dependência de transporte fluvial — a Fipo Biopellet se posiciona como um farol de inovação e sustentabilidade. Ampliamos a quantidade de matéria-prima por hectare ao diversificar o uso de espécies amazônicas, promovendo a geração de renda para comunidades locais, agregando valor à floresta em pé e fomentando a conservação ambiental.

Em 2024, a AGJTech tornou-se oficialmente Fipo Biopellet, nome que reflete melhor nossa essência. Também passamos a integrar o portfólio da Amazonas Venture Builder, fortalecendo nossa governança e posicionamento estratégico. Em 2025, inauguramos nosso espaço próprio na Incubadora da UEA (INUEA) para produção de fibras e, atualmente, temos capacidade instalada para produzir 20 toneladas mensais de biopellets.

A Fipo Biopellet segue unindo ciência, biodiversidade e tecnologia para desenvolver bioplásticos sustentáveis, capazes de transformar a indústria e proteger a floresta, sempre com foco em um futuro mais verde, justo e inclusivo.