A Associação Comunitária e de Produtores Rurais Santo Antônio, localizada no Ramal do Mamori, a 35 km do município de Careiro Castanho (BR 319, km 78), representa um verdadeiro tesouro escondido no Estado do Amazonas, Brasil. Com 37 associados e abrangendo uma comunidade de 153 pessoas, esta associação tem construído, ao longo dos anos, uma história de resiliência e inovação sustentável.
Da Preservação à Inovação: Uma Jornada de Duas Décadas
Desde 2004, quando iniciaram o Acordo de Pesca do Lago Mamori (homologado em 2011), os moradores da comunidade Santo Antônio demonstraram seu compromisso com a preservação ambiental. Este foi apenas o começo de uma trajetória marcada por iniciativas sustentáveis:
- Conservação de quelônios: Em parceria com a EMBRATEL e UFAM, o projeto Pé de Pincha reintroduziu cerca de 13.000 quelônios em seis anos
- Certificação orgânica: Após dois anos de capacitação, um grupo de produtores conquistou a certificação do Ministério da Agricultura
- Projeto Mulheres da RETA: A Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia iniciou a criação de abelhas sem ferrão
- Capacitação ambiental: Treinamentos com IBAMA e IPAAM para trabalhos de conscientização ambiental, educacional e social
A Ponte que Transforma: FIPO Biopellet e a Comunidade Santo Antônio
Você já imaginou que o caroço de cupuaçu que seria descartado pode se transformar em matéria-prima para a indústria? É exatamente isso que acontece graças à parceria com a FIPO Biopellet!
A FIPO Biopellet atua como uma verdadeira ponte de oportunidades, conectando a riqueza natural da Comunidade Santo Antônio com a indústria plástica que busca soluções sustentáveis. Esta startup inovadora utiliza os caroços de frutos amazônicos que sobram do processo de despolpação para produzir fibras que são incorporadas aos plásticos.
Como funciona esta conexão transformadora:
- A comunidade Santo Antônio coleta e processa frutos amazônicos como cupuaçu, açaí, guaraná e tucumã
- Os caroços, que antes seriam descartados, são separados e fornecidos à FIPO Biopellet
- A startup transforma estes resíduos em fibras de alto valor agregado
- As fibras são vendidas para a indústria plástica, que melhora sua pegada ESG
- A comunidade ganha uma nova fonte de renda a partir do que seria descarte
Impacto Real: Transformando Vidas e o Meio Ambiente
O que antes era problema, agora é solução! Esta parceria não apenas gera renda adicional para os 37 associados, mas também:
- Reduz o descarte inadequado de resíduos na natureza
- Diminui a pegada de carbono da indústria plástica
- Valoriza o conhecimento tradicional da comunidade
- Fortalece a bioeconomia amazônica com soluções inovadoras
- Cria um ciclo virtuoso onde preservação ambiental e desenvolvimento econômico caminham juntos
“Nossa comunidade sempre soube que a floresta em pé vale mais que derrubada. Agora, até o que considerávamos lixo se transforma em oportunidade.” – Depoimento de um associado
Uma Comunidade Estruturada para o Futuro
Com 80% dos associados possuindo moradia própria de madeira, 15% mista e 5% de alvenaria, a comunidade Santo Antônio já conta com importante infraestrutura:
- Transporte: Carros, motos e micro-ônibus, com tempo médio de 20 minutos até a sede
- Comercialização: Produtos vendidos na feira do produtor, com transporte em parceria com o IDAM
- Apoio técnico: Assessoria técnica e jurídica da AFEAM
- Logística: Triciclo doado pela prefeitura para transporte da produção e insumos
A Última Peça do Quebra-Cabeça
A parceria com a FIPO Biopellet representa a solução que faltava para completar o ciclo de sustentabilidade da comunidade Santo Antônio. Ao transformar resíduos em recursos, esta conexão:
- Elimina desperdícios do processo produtivo
- Diversifica a fonte de renda dos associados
- Agrega valor à cadeia produtiva local
- Insere a comunidade em um mercado de alto valor agregado
- Comprova que preservação e desenvolvimento podem caminhar juntos
O Futuro é Agora
A história da Comunidade Santo Antônio e sua parceria com a FIPO Biopellet nos mostra que o futuro sustentável da Amazônia já começou. Esta é a prova viva de que comunidades tradicionais, quando apoiadas por inovação e tecnologia, podem liderar o caminho para uma bioeconomia que preserva a floresta em pé enquanto gera prosperidade para seus habitantes.
Você também pode fazer parte desta transformação! Apoie iniciativas como esta e ajude a construir uma Amazônia onde desenvolvimento e preservação caminham de mãos dadas.